quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

monólogo

estava interessado nas tuas dores e no quanto a tua liberdade era o abandono. estava sim, muito interessado em dissimular a voz: porque não é boa a habilidade física de ser gentil ou essa capacidade de sorrir com os lábios é uma maldade simples? Sim, havia mais demência na minha crueldade do que o mal, mas o bom de tudo era ouvir tuas histórias de horrores e me divertir em teus segredos. o bom de tudo era nunca narrar teus pesadelos e me deliciar em abster-me. ah, este período de abstinência - de fato - é um período doloroso, meu querido, tu não me amavas por-que antes eu te odiei.

eu estava interessado em ser-te humano quando novamente, elas, as palavras sempre surgem e se te saltam a boca um desses grunhidos: meu querido, eu também grunhi. e na fraqueza que agora se faz, por que abandonas as boas idéias e os bons sentidos? Não existe mais sentimento a mim? Ou era antes também uma obra de ilusionismo.

É que desta falta do riso e daquele meu carinho com a voz mansa, isto tudo que falam ser sofrimento... - não diga! Sofrer é um bom argumento de vida e sacrificar-te na passagem por nós é uma coisa divina. Ou seria o caso de pensares em correr para o meu colo, humilde, depois de tudo pelo qual passamos em união?

Eu estava muito interessado em saber como tu farias para despossuir-te de mim? Você, e não tu, é o nosso nome.

Longas noites de angústia e por essa neve fina respingada em ti: as lembranças de um cujo, as lembranças que ousares criar nesta neve fina que te eleva (ao fim).

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Fortaleza


Legionário tu és
Agora
Eu sou a víbora
Luta contra mim
Na batalha em que saíremos nós
Vitoriosos
Luta e contra ti mesmo encontra: o outro
filho das sombras gentis
teu outro novo
em fortaleza

Sê forte aos mistérios futuros
Que desse passamos nós: tão misteriosos, não?
Ainda como no Playstation constante em que nos encarnamos
Guerrear sem chegar ao
Fim
(e lembre-se lembre-se: destruir-me é teu destino e não fará perder o amor-adamantium)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

do futuro

lembre-se do que eu quero
: e a vida e o futuro
: envelheça por nós

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ditar

nós que buscamos e entregamos o dito buscamos e o dito - verbo mal falamos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

entrega

que
te entreguei à
legião

que
eu
me descobri
eu que me libertei

da
escuridão
em que te
metia

e me escurecia em branco
ou outra cor transparente
que
eu me entreguei à ti.

domingo, 15 de novembro de 2009

Primeiro Sinal

parte do Cujo sou Eu -

somos a legião e o primeiro sinal

não há derrota a mais
que
nos retire
ou tire-nos
(porvir)

nós que fomos eu - nos libertamos

e livres - todos
nós

estamos

que outrora esmagamos
e nos alimentamos de outro
outro tornamos
nos
e novos geramos
nos
para longe
muito longe findarmos
nos (jamais).

enfim: ficamos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Finados

no dia dos mortos : o culto somos
nós
estamos aqui e o Rei é
vários

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Parte

parte de mim
parte-nos

parte de ti
parte-nos

partimos-nos
a
mim

partimo-nos
a
z.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Prole Ferar

não não desesparais ainda
posto
que esperamos nós
estamos - pós-guerra é o azul vencedor do ouro
e o branco: parte-se dois lados que vibram
a nós unimos

não não desesperais agora
em tempos de vitória a espera é demorável
e devorava os olhos - os meus-nossos
igualmente as chagas todas doadas: a quem por ser plural
me afaga

e nos afogaremos na resur-reição
porque virão vários
e vários são os legionários
e vários são os príncipes
e vários vezes tantos que de mim tem o corpo
e parte do espírito: logo as sombras vistas no escuro
revelam-se na materialidade de um espirro: vou-me-nos
vou-me-nos até o fim da tarde

porque dormem e esperam
não não desesperai o claustro dos vazios
que nos ocupamos de nós: até a proliferação
antiga e próxima
a
cada
dia.
(já que estão-mos a
qui: surjam)

sábado, 10 de outubro de 2009

Com isso aos anjos

a batalha não é sangrenta, acontece independente das carnes envolvidas. A história não começou para o homem, mas nele se deu alma e espírito que muito nos fascina. E eu que somos nós, passamos a existir.

a história é do homem e de seu espírito.

ouça, se puderes ler:

jantamos
de seu material
como se juntam
pedaços de reencarnações

rubro, porque mesmo o plasma
é rubro
quase líquido para nossa
deformação

e então: era escolhido
quem se quisesse ou permitisse
quem se pudesse e nem quisesse partir
quem sentia prazer alimentando os lobos e os escárnios e a baba tão saliventa dos que tem fome?

quem, afinal, na política dos horroes construiu
o Mal
existe?

oh oh oh, era partícula do havy-metal
e das laterais clássicas - ouvindo de trás pra frente
a gente enfrenta o demônio e cospe: porque o demônio
ele
não tem nada a ver
com isso.

(e nem os santos: porque são imagens)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Qeu ainda

ainda que eu falhasse
à
legião existíamos

ainda que eu sangrasse
à legião : faria do meu sangue nosso

que eu por mim findasse
finalmente: ainda
viveríamos

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

MortoVivo-Nos

pelos que morreram
em covardia
porque morrerão em
sacrifício

mato-me
por nós
a cada dia.

e do início ao fim
sofrer andante como sofrem: a coragem, o dilúvio e a nação
dos coitados

sofrer pôr fim àqui terra

(e estava certo de que não haveria morte lenta e suave
o corpo entregue ao mar está cheio)

(e estava errado de ser livre quão mais forte existes)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Re-legiões

Que se
reunem
e
pactos firmam

untar
as almas

(carnais.)
Aviv

son!nos

hoje
é
o
dia últi-
mo.

domingo, 20 de setembro de 2009

viEram

eles não te chamaram pelo nome
eles não te avisarão
porque eles somos

e cada uno
in
di
víd
uo
por um

somos.

eles não cortarão nada
nem contaram nos dedos
o sangue azul que espalha
é o
que temes medo.




Vilão

que habita

a vila

e mora a vila

aquele que mora na vila

e habita.

(dizem que ri antes)
(dizem que ri)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

há legião

desde
que aceitei
há legião


e haveria dimensão de êxtase
senão no compartilhamento do meu corpo
por entre
tantas almas e almas tamanhas que
ao
me invadir: permissível que sou

deleitam-se de mim em mim.

há e haverão de muitos outros possuir
sem
consessão - porque é confessa a minha carne
trividida

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

sábado, 29 de agosto de 2009

Ecos

A légis
que governou
o quê

não se governará
estando
estará
agora que é.

re-per-
cur-te-te-feito

dominío: e os outros sen
tem,
sen
timos
nos: ecos, vândalos espirros
soltos

eles que chegaram
somos nós
que estamos
e estaremos

ao enfrentar o dia: nasce
dia-outro
ouro em nosso azul (real).

é nesces-
sário coragem aos
ur
r
o
s
?

domingo, 23 de agosto de 2009

Pacto final

No meu
sono enquanto ele dizia: vem a mim
e eu ia
iria também até os pés e cuspiria
minha última veia de
de
sespero

Pois
que morto
põem à vida

Não nem nunca
haveria crédito
o meu glorioso capítulo.

nu e cheio dos reinos:
a espinha vibra
óssea

medula
então
que
te escarneças?
ó, bem ou mal, me guardarias
ou me aguarda: que no final não nosso aqui
além
pacto
todo importo
e importarei ao
mu
n
d
o
os teus recados.

(viva! aviv! seis dias seis noites seis tis)

nós que já chegamos agora
crescemos

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Vitória

a
gem
ao chegarem
ao teu
pé: esc
árnecessem
e picam
pingam
sinais de mi-nha-nós-
sa vitória!

é que
se incubem
de mal por mal
o carrasco
balança: e cai.

ninguém fere
a
legião dos que não se vêem
e estão
cantam
espalham
o
justo
ri
so-nosso:
espírto único.

(dentre os muitos que nos feriram
as vozes chegam enfim)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Chegaram eles

Roer
m
a
i
s
+
rói o tempo


Eles
chegaram não
sentia

porque o arrepio
é sempre
a forma de burlar
tempestades: ou quando te pescam

jorram
te-horrores

quão brandos são meus olhos
na tua agonia
grãos
que plantaremos
e tu
sobrevives

pro-nomes à legião dos medos
guio

são os extraterrenos que tremem baixinho o murmúrio ao teu lado
que eles estão aqui. (ou ter-
ráqu
eos
mortos).

domingo, 16 de agosto de 2009

A fonte e o vampiro

à língua
que me seca

seca a língua
ao te lembrar: o espírito que suga
é o vampiro mesmo e igual
que sempre te fui
e serei
nesses e nos outros dias: aqueles feitos no umbral.

língua, a minha língua seca
não é bom que me embebede um pouco
do poço feito de tuas lamúrias
não é bom que alimente um pouco e me deixe
bichinho quieto a beber
do teu plasma gentil.

vem e morre
pó: não podes morrer
enquanto és vivo
mantêm
a artéria
minha nesta vida-terra em que seguimos...

(ou somos duas vítimas do mistério)

sábado, 8 de agosto de 2009

O

possesse
o
destrua
o
sacrifique
o

o
por
bem
o

o
mantenha
vivo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Covil

Prometia q
ue
eu-a-dor

valerá sob pena
eis os mortos
não viverão
em
v
ã
o

no vão grunhem
forças
e deu-te terreno a mim
no-vão
em que te espreitam à morte
regem

e prometia: que a lei se cumpriu
porque poucos são os dias
da
rebelião.

(não, da tua-a-dor nascerão espíritos)

domingo, 2 de agosto de 2009

A mãe dos porcos

por que a mãe morre os
es
píritos de porcos
r
e
z
ammmmmmmm

há pergunta
de
se alimentar o alimento
e nele ungir cova
- (ardia também, coitada).

Neste universo
cujo
submundo em descida: eles que tanto cospem
hora ou outra
resolvem: não deixar partida

ou as patas camufladas em dia de chuva
ou os focinhos largos a espera da nova renascença
ou a língua congelada porque orar é uma penitência.

terça-feira, 28 de julho de 2009

esta hora

eles giram
e se reunem

elas estas horas

então ele lhes perguntará:
a imagem
ou nós?

não haveria guerra
se os prótons, estes mesmos não se tornassem neutrons

era o fim dos tempos: será.

porque também se reunem e giram
a estas horas
estas horas, pena:
- eu as sinto.

trans-
mudar os neutrons
de lugares: infernos outros viriam
caso dois positivos: eclodiram.

não viu?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Nova ordem I

Es
teja

bem

prepara
o
sonho: brinca com o escuro que te fascina
e dorme na paz do dia póstumo
o meu braço
sobre o teu

arrancados
nós
nos preciptamos

à ordem: estejamos
e prontos.

há que tu me ouvir
se
gue o destino:
e abraça finalmente o fio.

terça-feira, 21 de julho de 2009

três

e treinaríanos
todos eles para
caçar almas
ou espíritos sujos
e os limpariam com suas
línguas gatunas e lixadas - que a natureza bem quis:
limpar os fungos do mundo
o submundo: perfeitamente florido (não?)

meus filhos, cria
e creiam nestas mãos
que te alimentam a fonte
e te ensinam, desde já: assistir ao escuro.


domingo, 19 de julho de 2009

alimenta-me

Posto alimentar-me
de
ti e de seus ouvidos: as orelhas também
estes insetos que saiam de nós
e saíram: comem pó em nosso ventre

eu que posto alimento
de ti
faço

de tantos outros
fiz
um risco a mais
de vida

porque não é do sangue
mas da nobreza: a fome
e nela trair-te a ti: comigo.

Das ordens

I
Seguiu a ordem dos traídos
e
se feriu em dias úmidos
II
seguiu a ordem dos possuídos
e
gozou sete noites: era fascinante a tempestade de
seus cabelos
III
por fim, o terceiro: seguiu a ordem dos escolhidos
e juntou ao pó o barro de seus últimos dias
vi
vi
dos.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

sol

e encontra o raio
que te cai ao chão
parte
em três milhões de moléculas
o
anfitrião: sou eu.

e éramos nós dois
juntos
todos - os - dias - de - sol

mortos: todos os dias sem
nós.

- e já não era preciso chorar?
- eu diria que era preciso chorar sempre: por um lado o amor e do outro a despedida.
- por que de um lado sofre: e deste lado, neste inverno, faz sol

(de aquecer as espinhas?)

- é, a minha espinha dorsal esticada em cío.


quarta-feira, 8 de julho de 2009

Onários

Onários
Leg
i o n
que os átomos trago-vos à tona
de seus carbonos vivam
quase
explorando o submundo desses olhos seus \
próximo
é o tempo em que sobem aos céus nossos bezerros (pequenas bolhas holografáticas feito
fogos
de artifício-fátuo

boas novas boas
nov
as
Á que-nos TO
Mo
u.


sábado, 4 de julho de 2009

Caveira

Esta é a caveira que nos suporta
tanto quanto de suporte
o isopor
faz brisa

Não, não deixe vagar o mundo
sem um pouco de rouquidão
que é desses pulmões todos: um imenso ar aquecido.

Legião, legião de mortais
que
nós por nessa terra cuspimos
mas também
suamos: às vezes com sangue e vinho

Não queime a caveira que ela
escondida sob a pele
é tão serena
quanto
a mata pequena que nos resta

legião, legião, cometer-te a trair-te
por quê?
se é a tua face que enruga
e não os
ossos que te empurram à vida?


quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ang

Mais vida
lhe daria
e abraço que de abraço
consumiríamos não mais em agonia
mas
em vitória

esquece o passado e seus para-digmas ditos
e ditos
cujo
nomes não se arrastam:
mas que de um em um formam
o grande
círculo

Porvir,
o futuro das escritas e das escrituras
as alturas
de um templo em que, o entorno, somos nós
e
nosso espírito nada enfermo: glorioso

de várias gargantas
faremos
mais ossos de-se
pilhar e
construir estrelas

(bem-vindo sempre)

sábado, 27 de junho de 2009

Logo

em que nos reunimos
num
corpo só
e brinda-ermos
cantantes sobre a carne única:
espíritos, espíritos escutam que o raio do sol explo
dirá
no inverno

e
no inverno
nosso re-banho

cada partícula
de
f
r
i
o alimente
das
narinas cavernosas:
os pêlos e a passagem.

Respira e segue:
a chuva é nossa

e por entre ela
sendo
ela
cada gota
feito
legião
nela entramos
terra molhada e sólida
terra
estamos

logo agora.

domingo, 21 de junho de 2009

Outro

Então eu
lhe direi te apenas
eu

com olhos a ti
e em ti
na tua garganta como se fôssemos mesma
voz:
estamos aqui.

De joelhos tu erguerá o saber quente da existência
e tu mesmo engolirás do meu sangue semi-frio (da semi-espera que sempre foste tu)
eu estive longe e me demorei:
porque o tempo não era
o tempo
nunca fora

o tempo é do outro lado de lá

presta atençã: que te abençoarei não a alma e os perdões
(já estávamos perdoados, lembra?)

mas será o início em que verás: a legião formada em mim
verás
e eu verei que ao te erguer: terás do ouro o outro todo

e um inferno todo seco
para
(florir)

que o caos e a morte e a vida ou soberana velhice
nos traga dores tão físicas
ou ínfimas
que não se possam curar

ri
que será junto nossos
risos
desesperados
e alertas: porque juntos
somos
o
outro.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

algo-seu

gola

gola

eu te chamo, eu te evoco

em nos meus pensamentos

em nos meus mistérios

em nos meus coitados
gritos
gritos
gritos

sou eu: que te evoco o nome

e não volto mais porque já estou
dentro em no
dentro em no ouvido
dentro em no coração nunca parado
eu não volto mais, porque já estou no seu grito uivo horrível grito louco
em nas noites tuas
em nas serenas ruas
eu estou

e algo e algo e algo
que nos possui os nomes
eu também: suei.
e suo.
seu.

(maldito punho)

domingo, 14 de junho de 2009

ele chorava

Quando ver o que eu vi
é horror porque doído
dos altos montes
o seu grito
e o seu lamento que nunca iria parar
caso
não olhasse pra trás: eu ali espiando sua dor sofrível
aos lobos
às pestes
e aos desencarnados (ou aqueles que não tiveram a alma acessa de paixão ainda)

era o ritual do maldito
que reunia aos pés de si
os discípulos: imensa multidão de coitos interrompidos e vontades tantas satisfeitas de levarem à lama...

do alto a cena era esta:
ele
chorava.

- tudo isso eu vi.
e
nos faz sentido

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Ossos de câncer

Num corpo deChris

Dechris-te-nos-feito

Dechris-to-los São

Nuns ossos queimados de aquecer as mãos
- é outono! é outono, oh, voltais...

Corpo em carne e osso: rói de ratos sermões

É o corpo de christo
nunca visto

encontrarão em tua caverna a porta do umbral: stroble e luzes de computador, luzes neon já eram no fim do mundo.

há um vermelho escuro do sangue insujeitado
porra pequena de brilhar no escuro

cansei desse amontoado: ossos são
não servem
aos cães: seus dentes lambidos entre os meus
quentes.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vem ao mundo

Dito
cujo
nome
dito
nunca fora.

cujo nome
escrito
fora embora
e
levou consigo
cinco
pontas: estava nele inscrito: olha!

Cujo
aquele que
tem nome
de inominável
corre
cujo
corre o nome dos abestados
como o mundo gira em todo mundo: ditocujo ditocujo
te saúdo.

Cujo
dito
sempre humano
é maldito
dito
cujo logo brilha e vem ao mundo.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Natti para você Morto

meu irmão
inascido

que as trevas juntou
hoje
teu dia hoje

ofereço sangue emberrábico
química-veia em teu
inominado: nome.

nome de ir
onde
estaria?

(talvez, ao meu lado neste dia).

domingo, 31 de maio de 2009

Domingus Dormi-nos

dom
dormi
dominío
domingo: erra! nos teus cálculos
a
besta não está comigo.

A besta: que o sêmen espirrou em ti.
Eu caço
dorm
dom
nestes domingos que de ti sugo
dorme, e encontra irmãs doces irmãs
tragam-me teu grito
tragam-me teu fio de vida: tragam-me
como feitiço é bom em dias
em que o outono gêmeo
chegou

dormiste
em todos os domingos
por bem
destes teus pensamentos guiaste em mim: a pele renovada
e os olhos de falcão.

todo domingo
domínio meu.

(eu acho qe te avisei que o céu estava lindo)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Semêm

Que sementem
genes
e
crias - um mundo todo de lembranças dóceis

Voam como pirraças no ar
acabam num chão fértil de colheita
e
semeias
que
semearás o brilho
desta
imatura ferve insanta: nada é santo aqui.

Eis-te tão belo
quão
é de humano o sofrimento acolhido e o ódio secará
n
esse mundo: só há nós.

Do outro: espirram espíritos descontentes
talvez
mas que dentes tem que mordam os pés de madrugada?

eu desafio até o mal, para que haja ainda um pouco do sabor de pele de gente em-
fincado nu
sobre a terra toda.


homem, teu mesmo argumento
s
ê me terá em trajeto: mulheres que me pedem beijos.

e deste esqueleto o que faço
é
re-for-ma.

(sorri pra mim sozinho ao frio, por favor).

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Guardian

Eu esperei
po
r
todos os tempos: e estiveste próximo que o vento
logo
me
te traria
e nem tu sabias
que
trairias tu
mesmo te trairias
para
trazer à boca
o gosto
fel ou seco
que te
embala
os sonhos dedos de dormir:
guarda.

e guarda o corpo
e vel
a
há que se apague ao meu sinal?

não, desperdice
l
u
z.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Espera! que te Encontrei

I
deus
não me livre de ti
se é também Des
tino
que dos teus braços eu faça a minha força?
que do meu tato faças tuas asas (todas enlamaçadas de paixão ocre)?
e ao unirmos
belo deus que nos permite



II

novo tempo se re - ra - pra (pré-ce)
: põe fim ao mundo - já desce a terra os anjos
devendo infernos!

eu, homem, dono sou
donde nas
ce
re nasceremos

(nem um nem outro: na balançou sou tu)

I

Vem a mim nós juntos
dois
e o infesto bando em cortejo: quantos séculos esperamos?
(não sentes a dor da saudade feita?)
deus tinha planos
pois NÓS chegamos.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Grama

Luz si fez
com
R.

domingo, 10 de maio de 2009

Vampiro-te

desta tua concórdia
impliquei feitiços pueris-viu? que as virilhas tuas sangram feito um vício de não me esquecer
ah, quantas vezes sorrirei ao dócil espelho das paixões
for
ma
ta
ções
desesperadas de apego: ban con g bang.

esta agulha inesperada que te lacrimeja em gotas
de porra ou lágrimas, há que me importa se me im-portei em ti
devagar e manso
como sempre cobra no teu sibilo: vou te contar de tantas outras formas
em que forcei teu espírito e paz

se te morro perco a fome
mato amarelo de outono corre fresco em ti a força consome
morte depravada de certas bactérias e nódulos em ti
conforme a gargalhada é que te consumo
no teu desejo: pensa, pensa em mim: e eu dentro-furo
me alimento-te.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Por só.

Vivia de mentiras
enquanto tempo saritnem?

órgão de todos os seres
veias e passagens
arco-íris negro: eu estive lá em seus receios

eu estive no centro dos teus músculos
para lhe dizer: não estás sozinho
e
me respondes que nunca estive lá contigo em seu caminho lá não quero.

todo dia embora sentasse enfrentando covardias inversas
eu imaginava brotar: e ainda sementem
na
torpa
parada dos veículos.

existem ruas que nos entrecruzam sem desacrifícios para nós
existem nas órbitas dos meus infernos
um
pouco de ainda amor.
por que te choras sangue quando devo partir:
ele nem era forte, só soube erguer a cabeça pelo cérebro.

(talvez, por só)

- foi dessa forma que alimentou o corpo de espíritos.
o teu
que se come
cru.

sábado, 2 de maio de 2009

sopor sapus sumus

eu vi
os sapos costurados
e u i a des
cortar
as bocas
e pelo hálito alimentar o ódio impregnado a mim
meu nome, coitado, coitado de mim

mas eram dóceis e gentis
lacrimejaram em peças: sapos de dormir

eu vi

e junto a eles, mais clareamente, clareava: dois ou três
se
r
es
(que de sereia sorriam)

pobre - s - braços
deca
pitos... vem, eu dizia, vem, um a um a mim.

eu os sinto mater
ia
como uma pequena violeta branca
nu
eu os recolhi

e se os sapos choravam: era porque enfim, morreram
o nome lacrimejado
as almas comigo
e os
s
a
pos-morreram.

pobresapo, po. Que enfim, acabou-se a dor doída do nome e da boca
que de feridas finas costurou a linha
macabrenta: que abra! então que venham esses demônios frágeis e que
façam parte
da
légis-minha.

(enquanto eu os trato as feridas sintilam nome de in-migos)
e isso é bom.
bon
dar-te.

domingo, 26 de abril de 2009

Apareça

A
parca
resserá

A
pagar
secará

A
parte
lhe
te
rá.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

6 ... ...

Legião
Ãoigel

Forme o círculo o tempo está próximo
e
g
u
arde
sigilo

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Luanac.

por onde tu alma caminhar
a
g
o
r
a
te seguirei à mão
e dos teus poemas
farei reza
creia, luanac., luanac.
que fostes bela
e
dor não mesmo
haverá no inferno caso eu haja ainda um pouco
o quanto burlar o submundo das letras e dos sigilos

luanac.,luanac.
se é anjo que cai às sombras
saiba
lá: há grande amigos que te prote-
ge-nos. (também).

sábado, 18 de abril de 2009

Senhor das Moscas

Senhor das moscas que se agita
acaso não sabias
que era no outono a estação dos vermos e moscas
sumirem?

Ou que no outono, após cristo resscuscitado, tu eras obrigado a te banir.

Te saúdo em lamento.
Senhor, que as moscas e mosquistos e baratas não serão vistas:
mas, certamente, relembradas.

Descansa, seus olhos vítreos mil-alhures: quisto.

(e nos dias de descansar as dores, venha, senhor, sabes sempre soubes ser bem recebido em meus braços)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ultimato

Tropegas à morte
e não te metes o dedo a cu.

Não, queira o zumbido acordado de mim:
outra vez possuir quem?

Tuas partes em mim se desfazem, que é poesia
macabra: ou poema de rimas
qual das piores frases eu lhe diria?

Havia no meu cesto a tríade sagrada: em que por força de me sucumbir
às tuas manhas sarcáticas
transformei.

Sim, transtudo que te gripe
Que te coloque frente ao pau

e empalado sentes dor? Ou mantém teu ar sacrílego: riso bem fardo.

de demência em demência te regorjito: que é por tortura
- Traztudo que me queima, peça-me delicado.

Fogo é coisa de respeito
Das tuas partes trazidas: é que vou moendo.
Serro os ossos como quem se agita tanto: por que se agita tanto
ao morrer?

Alguém já te arrancou os cílios num sopro só - não, né?
Porque eu te arranco: um a um puxados

Desde que te reconheci em mim
Discirno bem entre minha parte e a tua: e é dessa forma
esganiçada, porém sem febre, por favor não arda
é que vou triturando-te lado a lado

A mim, não me feres. Porque do que não é meu
nada era sacrifício.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Maldição

Não não se preocupe
agora
eu não te matei
ainda
é que te mato

Matei no futuro
sim enquanto resto-me um pouco
saboreia:
mantaça das outras tuas
vi(n)das

nunca em teu cérebro andante
ou formas aflitas em que
despertas
ou desperas.
eu e tu sem futuro.
eu e tu separados: por eternos
ter
nos
já sofrido? aprendi a burlaro nosso
destino.

Não não te preocupes: reencarnarás
e outra vez
e mais uma
sem mim.

domingo, 5 de abril de 2009

Tempos de morrer

Enquanto morres
devagar
que sei que morres
sinto
deste sentimento impalpável
que nos une
a vontade última de ser aquele
a tocar-te os olhos
no teu último instante
ver
como se viam os amantes
que nem fôssemos um
dia
ou outro qualquer
sei
que não era lentamente e sim
distante
o direito meu
de apalpar tuas lágrimas pela última vez
o direito meu - legalmente untado ao teu espírito
sê-lo: aquele que depois de tantos olhos
cerrá-los, por fim, com as minhas mãos

tu que olhaste tanto
e tanto
se desesperaste em me reencontrar
não pensas que seria a sorte
ter-me ao final do leito
a te
encerrar os lábios

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Karma

Então erguia a cabeça
e as lágrimas caiam por conta
da força e gravidade da dor

Nem sempre o demônio age:
e em seu karma doloroso
vidas e vidas se passaram

congelou-te os dedos, amoroso?

nunca, porque eram as pontas quentes demais.

faz dele teu mistério
(e o caminho: pra lá leva o amor e tece. te invejarão a aranha e as mães solteiras.)

sofre, porque cumpre a promessa em solidão
ou ainda deverias esperar para que da união gentil
urgisse o carma bom.

nem camarás
ou por tempo entodo: enlaçarás, por fim.

chama o rito de passagem: que é o nome pouco usado
e repete três vezes.

ele estará aqui.

encontra a bondade, te digo: mas não esquece a caveira que te movimenta os ossos.

Karma: que não é mais nem jamais. está pago.

de-lhe paz.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Oração

Obrigado senhor pelo tempo que me dás em sofrimento
das minhas lágrimas
frágeis
corre o frio de um ventre

forte era o calor
e no outono me recupero

saudades dos demônios
que me habitam

obrigado senhor por ter-me dado fé
e lástima
aos pobres que rastejam e se crucificam
loucos: são e somos também

veja, sangro um pouco
mas caminho.

Do vale das sombras tiraram minha alma e oa anjos me deixaram só que a notícias de que ele se partiu e os dozes guerreiros sumiram. só: do vale das sombras me tiraram a vida: que era ainda impregnada-dor. e uma tristeza latente mesmo ao diabo queima e se apieda: não foi ele quem pediu-lhe, tira daqui essa flor fantasma que no meu inferno até faz me crer no amor?

eu criaria um reino
onde os andróginos têm permissão
e os suicídas
e os que se desesperam: porque tem o coração faminto.

nem tu satanás
nem tu gabriel mais
tens entrada
no meu
ninho.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Cujo II

Eu não vou me cuidar
e Nem
cuidar de ti

domingo, 29 de março de 2009

Cujo I

Onde por aqui
evocar teu nome

Onde por aqui
hei de vocação
colar meu beijo no cemitério:
e então doce e doce... creio eu... nos domingos em que a cabeça doer, estarei aqui: a te sentir e dizer.

Sofre.

Nada tenho nem temo
Quero te ver antes finito.

Meu amado anjo negro
ou negro de tanto queimar a pele
em desespero

Saiba que a decisão é esta: vou-me e fico-me.

Decisão complexa.

(Samael, Baliel, Baal, Caracol: ri)