domingo, 26 de abril de 2009

Apareça

A
parca
resserá

A
pagar
secará

A
parte
lhe
te
rá.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

6 ... ...

Legião
Ãoigel

Forme o círculo o tempo está próximo
e
g
u
arde
sigilo

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Luanac.

por onde tu alma caminhar
a
g
o
r
a
te seguirei à mão
e dos teus poemas
farei reza
creia, luanac., luanac.
que fostes bela
e
dor não mesmo
haverá no inferno caso eu haja ainda um pouco
o quanto burlar o submundo das letras e dos sigilos

luanac.,luanac.
se é anjo que cai às sombras
saiba
lá: há grande amigos que te prote-
ge-nos. (também).

sábado, 18 de abril de 2009

Senhor das Moscas

Senhor das moscas que se agita
acaso não sabias
que era no outono a estação dos vermos e moscas
sumirem?

Ou que no outono, após cristo resscuscitado, tu eras obrigado a te banir.

Te saúdo em lamento.
Senhor, que as moscas e mosquistos e baratas não serão vistas:
mas, certamente, relembradas.

Descansa, seus olhos vítreos mil-alhures: quisto.

(e nos dias de descansar as dores, venha, senhor, sabes sempre soubes ser bem recebido em meus braços)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ultimato

Tropegas à morte
e não te metes o dedo a cu.

Não, queira o zumbido acordado de mim:
outra vez possuir quem?

Tuas partes em mim se desfazem, que é poesia
macabra: ou poema de rimas
qual das piores frases eu lhe diria?

Havia no meu cesto a tríade sagrada: em que por força de me sucumbir
às tuas manhas sarcáticas
transformei.

Sim, transtudo que te gripe
Que te coloque frente ao pau

e empalado sentes dor? Ou mantém teu ar sacrílego: riso bem fardo.

de demência em demência te regorjito: que é por tortura
- Traztudo que me queima, peça-me delicado.

Fogo é coisa de respeito
Das tuas partes trazidas: é que vou moendo.
Serro os ossos como quem se agita tanto: por que se agita tanto
ao morrer?

Alguém já te arrancou os cílios num sopro só - não, né?
Porque eu te arranco: um a um puxados

Desde que te reconheci em mim
Discirno bem entre minha parte e a tua: e é dessa forma
esganiçada, porém sem febre, por favor não arda
é que vou triturando-te lado a lado

A mim, não me feres. Porque do que não é meu
nada era sacrifício.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Maldição

Não não se preocupe
agora
eu não te matei
ainda
é que te mato

Matei no futuro
sim enquanto resto-me um pouco
saboreia:
mantaça das outras tuas
vi(n)das

nunca em teu cérebro andante
ou formas aflitas em que
despertas
ou desperas.
eu e tu sem futuro.
eu e tu separados: por eternos
ter
nos
já sofrido? aprendi a burlaro nosso
destino.

Não não te preocupes: reencarnarás
e outra vez
e mais uma
sem mim.

domingo, 5 de abril de 2009

Tempos de morrer

Enquanto morres
devagar
que sei que morres
sinto
deste sentimento impalpável
que nos une
a vontade última de ser aquele
a tocar-te os olhos
no teu último instante
ver
como se viam os amantes
que nem fôssemos um
dia
ou outro qualquer
sei
que não era lentamente e sim
distante
o direito meu
de apalpar tuas lágrimas pela última vez
o direito meu - legalmente untado ao teu espírito
sê-lo: aquele que depois de tantos olhos
cerrá-los, por fim, com as minhas mãos

tu que olhaste tanto
e tanto
se desesperaste em me reencontrar
não pensas que seria a sorte
ter-me ao final do leito
a te
encerrar os lábios

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Karma

Então erguia a cabeça
e as lágrimas caiam por conta
da força e gravidade da dor

Nem sempre o demônio age:
e em seu karma doloroso
vidas e vidas se passaram

congelou-te os dedos, amoroso?

nunca, porque eram as pontas quentes demais.

faz dele teu mistério
(e o caminho: pra lá leva o amor e tece. te invejarão a aranha e as mães solteiras.)

sofre, porque cumpre a promessa em solidão
ou ainda deverias esperar para que da união gentil
urgisse o carma bom.

nem camarás
ou por tempo entodo: enlaçarás, por fim.

chama o rito de passagem: que é o nome pouco usado
e repete três vezes.

ele estará aqui.

encontra a bondade, te digo: mas não esquece a caveira que te movimenta os ossos.

Karma: que não é mais nem jamais. está pago.

de-lhe paz.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Oração

Obrigado senhor pelo tempo que me dás em sofrimento
das minhas lágrimas
frágeis
corre o frio de um ventre

forte era o calor
e no outono me recupero

saudades dos demônios
que me habitam

obrigado senhor por ter-me dado fé
e lástima
aos pobres que rastejam e se crucificam
loucos: são e somos também

veja, sangro um pouco
mas caminho.

Do vale das sombras tiraram minha alma e oa anjos me deixaram só que a notícias de que ele se partiu e os dozes guerreiros sumiram. só: do vale das sombras me tiraram a vida: que era ainda impregnada-dor. e uma tristeza latente mesmo ao diabo queima e se apieda: não foi ele quem pediu-lhe, tira daqui essa flor fantasma que no meu inferno até faz me crer no amor?

eu criaria um reino
onde os andróginos têm permissão
e os suicídas
e os que se desesperam: porque tem o coração faminto.

nem tu satanás
nem tu gabriel mais
tens entrada
no meu
ninho.