terça-feira, 7 de abril de 2009

Ultimato

Tropegas à morte
e não te metes o dedo a cu.

Não, queira o zumbido acordado de mim:
outra vez possuir quem?

Tuas partes em mim se desfazem, que é poesia
macabra: ou poema de rimas
qual das piores frases eu lhe diria?

Havia no meu cesto a tríade sagrada: em que por força de me sucumbir
às tuas manhas sarcáticas
transformei.

Sim, transtudo que te gripe
Que te coloque frente ao pau

e empalado sentes dor? Ou mantém teu ar sacrílego: riso bem fardo.

de demência em demência te regorjito: que é por tortura
- Traztudo que me queima, peça-me delicado.

Fogo é coisa de respeito
Das tuas partes trazidas: é que vou moendo.
Serro os ossos como quem se agita tanto: por que se agita tanto
ao morrer?

Alguém já te arrancou os cílios num sopro só - não, né?
Porque eu te arranco: um a um puxados

Desde que te reconheci em mim
Discirno bem entre minha parte e a tua: e é dessa forma
esganiçada, porém sem febre, por favor não arda
é que vou triturando-te lado a lado

A mim, não me feres. Porque do que não é meu
nada era sacrifício.

Nenhum comentário: