domingo, 31 de maio de 2009

Domingus Dormi-nos

dom
dormi
dominío
domingo: erra! nos teus cálculos
a
besta não está comigo.

A besta: que o sêmen espirrou em ti.
Eu caço
dorm
dom
nestes domingos que de ti sugo
dorme, e encontra irmãs doces irmãs
tragam-me teu grito
tragam-me teu fio de vida: tragam-me
como feitiço é bom em dias
em que o outono gêmeo
chegou

dormiste
em todos os domingos
por bem
destes teus pensamentos guiaste em mim: a pele renovada
e os olhos de falcão.

todo domingo
domínio meu.

(eu acho qe te avisei que o céu estava lindo)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Semêm

Que sementem
genes
e
crias - um mundo todo de lembranças dóceis

Voam como pirraças no ar
acabam num chão fértil de colheita
e
semeias
que
semearás o brilho
desta
imatura ferve insanta: nada é santo aqui.

Eis-te tão belo
quão
é de humano o sofrimento acolhido e o ódio secará
n
esse mundo: só há nós.

Do outro: espirram espíritos descontentes
talvez
mas que dentes tem que mordam os pés de madrugada?

eu desafio até o mal, para que haja ainda um pouco do sabor de pele de gente em-
fincado nu
sobre a terra toda.


homem, teu mesmo argumento
s
ê me terá em trajeto: mulheres que me pedem beijos.

e deste esqueleto o que faço
é
re-for-ma.

(sorri pra mim sozinho ao frio, por favor).

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Guardian

Eu esperei
po
r
todos os tempos: e estiveste próximo que o vento
logo
me
te traria
e nem tu sabias
que
trairias tu
mesmo te trairias
para
trazer à boca
o gosto
fel ou seco
que te
embala
os sonhos dedos de dormir:
guarda.

e guarda o corpo
e vel
a
há que se apague ao meu sinal?

não, desperdice
l
u
z.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Espera! que te Encontrei

I
deus
não me livre de ti
se é também Des
tino
que dos teus braços eu faça a minha força?
que do meu tato faças tuas asas (todas enlamaçadas de paixão ocre)?
e ao unirmos
belo deus que nos permite



II

novo tempo se re - ra - pra (pré-ce)
: põe fim ao mundo - já desce a terra os anjos
devendo infernos!

eu, homem, dono sou
donde nas
ce
re nasceremos

(nem um nem outro: na balançou sou tu)

I

Vem a mim nós juntos
dois
e o infesto bando em cortejo: quantos séculos esperamos?
(não sentes a dor da saudade feita?)
deus tinha planos
pois NÓS chegamos.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Grama

Luz si fez
com
R.

domingo, 10 de maio de 2009

Vampiro-te

desta tua concórdia
impliquei feitiços pueris-viu? que as virilhas tuas sangram feito um vício de não me esquecer
ah, quantas vezes sorrirei ao dócil espelho das paixões
for
ma
ta
ções
desesperadas de apego: ban con g bang.

esta agulha inesperada que te lacrimeja em gotas
de porra ou lágrimas, há que me importa se me im-portei em ti
devagar e manso
como sempre cobra no teu sibilo: vou te contar de tantas outras formas
em que forcei teu espírito e paz

se te morro perco a fome
mato amarelo de outono corre fresco em ti a força consome
morte depravada de certas bactérias e nódulos em ti
conforme a gargalhada é que te consumo
no teu desejo: pensa, pensa em mim: e eu dentro-furo
me alimento-te.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Por só.

Vivia de mentiras
enquanto tempo saritnem?

órgão de todos os seres
veias e passagens
arco-íris negro: eu estive lá em seus receios

eu estive no centro dos teus músculos
para lhe dizer: não estás sozinho
e
me respondes que nunca estive lá contigo em seu caminho lá não quero.

todo dia embora sentasse enfrentando covardias inversas
eu imaginava brotar: e ainda sementem
na
torpa
parada dos veículos.

existem ruas que nos entrecruzam sem desacrifícios para nós
existem nas órbitas dos meus infernos
um
pouco de ainda amor.
por que te choras sangue quando devo partir:
ele nem era forte, só soube erguer a cabeça pelo cérebro.

(talvez, por só)

- foi dessa forma que alimentou o corpo de espíritos.
o teu
que se come
cru.

sábado, 2 de maio de 2009

sopor sapus sumus

eu vi
os sapos costurados
e u i a des
cortar
as bocas
e pelo hálito alimentar o ódio impregnado a mim
meu nome, coitado, coitado de mim

mas eram dóceis e gentis
lacrimejaram em peças: sapos de dormir

eu vi

e junto a eles, mais clareamente, clareava: dois ou três
se
r
es
(que de sereia sorriam)

pobre - s - braços
deca
pitos... vem, eu dizia, vem, um a um a mim.

eu os sinto mater
ia
como uma pequena violeta branca
nu
eu os recolhi

e se os sapos choravam: era porque enfim, morreram
o nome lacrimejado
as almas comigo
e os
s
a
pos-morreram.

pobresapo, po. Que enfim, acabou-se a dor doída do nome e da boca
que de feridas finas costurou a linha
macabrenta: que abra! então que venham esses demônios frágeis e que
façam parte
da
légis-minha.

(enquanto eu os trato as feridas sintilam nome de in-migos)
e isso é bom.
bon
dar-te.