sábado, 2 de maio de 2009

sopor sapus sumus

eu vi
os sapos costurados
e u i a des
cortar
as bocas
e pelo hálito alimentar o ódio impregnado a mim
meu nome, coitado, coitado de mim

mas eram dóceis e gentis
lacrimejaram em peças: sapos de dormir

eu vi

e junto a eles, mais clareamente, clareava: dois ou três
se
r
es
(que de sereia sorriam)

pobre - s - braços
deca
pitos... vem, eu dizia, vem, um a um a mim.

eu os sinto mater
ia
como uma pequena violeta branca
nu
eu os recolhi

e se os sapos choravam: era porque enfim, morreram
o nome lacrimejado
as almas comigo
e os
s
a
pos-morreram.

pobresapo, po. Que enfim, acabou-se a dor doída do nome e da boca
que de feridas finas costurou a linha
macabrenta: que abra! então que venham esses demônios frágeis e que
façam parte
da
légis-minha.

(enquanto eu os trato as feridas sintilam nome de in-migos)
e isso é bom.
bon
dar-te.

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