sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia do Dragão

que não há guerra mais bela
como esta das aflições do teu espírito

em que batalham os mitos entre si

nós, te levaremos, ao reino supremo da vaidade humana
porque nós criamos
e destruímos: os santos, as alegorias, os anjos, os demônios todos:
quem nos enfrentaria?

todo dia é o nosso dia vitorioso
que nos espalhemos na terra (esperma)

quentes à noite e furiosos: hail aos dragões

e às multidões de nós: porque já nos disseram que és vários
igual.

À palavra detrás pra frente: hail!

o teu nome nosso em todos os dias e noites e tempos de escuridão e tempos de sortilégios entre o homem e o homem não há fracos: porque somos vários.

Olhai ao céu e ao chão: porque entre eles caminhamos
te acolhemos
te queremos
sedentos: abraçaremos tua alma e teu corpo que nos pertence

Nenhuma criatura a não ser vivente lhe trará o amor que tanto sentes.

Hail ao poder dos dragões: que somos nós.

Porque quando acabares (tu) no teu conflito: sentirás o hálito de um gozo sem fim:
livres de todas essas mentiras que lhes postaram no caminho

Nós precisamos de nós que na batalha nunca sangrenta de hoje: mais um capítulo de vitória.

(não? ris?)
(não? Ris! comigo)


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