sexta-feira, 2 de abril de 2010

abstinência

não é preciso ficar com tantos receios: o estômago regurgita como o espírito em estado de suores. é o início de tudo, meu amor.

tem horas que sentirás sede e nessas horas te lembrarás de mim e de nós quase juntos sobre o asfalto. as risadas todas como se fôssemos heróis, eu te prometo que não te enganei.

as células morrem.

não é coisa da ficção mas da alma. e compreendes bem dos outros sentidos: parece enlouquecer.

e não é amor também. a cultura deixa de existir e imprimir suas palavras todas. é a imagem de nós. dos nossos líquidos. dos nossos movimentos: em lentidão. não foge. na outra esquina estamos nós.

e te alimentaremos. te trataremos. te cuidaremos. eu e tu somos nós.

parece adoecer. adoecerás sempre.
parece me odiar. e me odiarás por um tempo.
parece revoltar os ossos se debatem de madrugada?
os dentes brancos não tem mais o mesmo efeito.

os teus lábios tem a minha falta.
os teus momentos que estão no futuro do pretérito e no passado. todos eles fatigados.

eu não te quis assim, este é o momento de cuidar de mim.

abstinência: do mundo do qual já não participas não é tão ruim.
eu te abraçarei na volta como guerreiro, eu lhe darei uma parte do reino.
eu te conduzirei aos prazeres sãos. aos movimentos sem fim.

tudo é dança, riso
lembra? do quanto eu fui bom. lembra? do quanto eu lhe dei e se me devolves
sem querer: é porque eu precisava sabendo. sempre soube. de ti.

(não morrerás, a vida é outra, sofre e sê forte na escuridão do teu espinho)

Um comentário:

Sabrina dos Santos disse...

Ohh saudades suas amooor,
sempre fui muito orgulhosa por vc e te adimiro muiito mas ainda,
meu prof,amigo e ex patrão,
abroo seu blog todo dia
e leo para mim e meus irmaes,
te amoo

Sabrina dos Santos