olha a montanha dos vidros
quebrados
olha o passado (que já passou)
e ajoelha:
o teu corpo e o teu medo
estes tremores todos ao redor
e dentro
são nossos
e fazem parte de quem
e fazem parte de mim
e fazer parte - a parte está o outro.
em parte, estamos todos.
é que te mostramos o mundo
e o novo mundo
e o antigo mundo: em que ficaste pra trás?
não, legionário, ergue teus olhos desta escuridão
que é eterna
e vê sobre os cavalos e sobre as sombras
não há luz que cega: há medo que diminui
durante tanto tempo torturado
meu novo, amigo, te liberto.
que mudaste nas alturas do teu mais podre ventre
eu mesmo encontrei nos teus joelhos a força de me valer vivo
eu mesmo nos encontrei no toque, que formamos, uma célula só
e não solitária, ai de nós
e nosso império, querido-nos
querido-nos
não nos foi dito: amai uns aos outros?
querido-nos
quedo-vos todos que nos angustiaram
e te liberto.
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