sábado, 29 de agosto de 2009

Ecos

A légis
que governou
o quê

não se governará
estando
estará
agora que é.

re-per-
cur-te-te-feito

dominío: e os outros sen
tem,
sen
timos
nos: ecos, vândalos espirros
soltos

eles que chegaram
somos nós
que estamos
e estaremos

ao enfrentar o dia: nasce
dia-outro
ouro em nosso azul (real).

é nesces-
sário coragem aos
ur
r
o
s
?

domingo, 23 de agosto de 2009

Pacto final

No meu
sono enquanto ele dizia: vem a mim
e eu ia
iria também até os pés e cuspiria
minha última veia de
de
sespero

Pois
que morto
põem à vida

Não nem nunca
haveria crédito
o meu glorioso capítulo.

nu e cheio dos reinos:
a espinha vibra
óssea

medula
então
que
te escarneças?
ó, bem ou mal, me guardarias
ou me aguarda: que no final não nosso aqui
além
pacto
todo importo
e importarei ao
mu
n
d
o
os teus recados.

(viva! aviv! seis dias seis noites seis tis)

nós que já chegamos agora
crescemos

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Vitória

a
gem
ao chegarem
ao teu
pé: esc
árnecessem
e picam
pingam
sinais de mi-nha-nós-
sa vitória!

é que
se incubem
de mal por mal
o carrasco
balança: e cai.

ninguém fere
a
legião dos que não se vêem
e estão
cantam
espalham
o
justo
ri
so-nosso:
espírto único.

(dentre os muitos que nos feriram
as vozes chegam enfim)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Chegaram eles

Roer
m
a
i
s
+
rói o tempo


Eles
chegaram não
sentia

porque o arrepio
é sempre
a forma de burlar
tempestades: ou quando te pescam

jorram
te-horrores

quão brandos são meus olhos
na tua agonia
grãos
que plantaremos
e tu
sobrevives

pro-nomes à legião dos medos
guio

são os extraterrenos que tremem baixinho o murmúrio ao teu lado
que eles estão aqui. (ou ter-
ráqu
eos
mortos).

domingo, 16 de agosto de 2009

A fonte e o vampiro

à língua
que me seca

seca a língua
ao te lembrar: o espírito que suga
é o vampiro mesmo e igual
que sempre te fui
e serei
nesses e nos outros dias: aqueles feitos no umbral.

língua, a minha língua seca
não é bom que me embebede um pouco
do poço feito de tuas lamúrias
não é bom que alimente um pouco e me deixe
bichinho quieto a beber
do teu plasma gentil.

vem e morre
pó: não podes morrer
enquanto és vivo
mantêm
a artéria
minha nesta vida-terra em que seguimos...

(ou somos duas vítimas do mistério)

sábado, 8 de agosto de 2009

O

possesse
o
destrua
o
sacrifique
o

o
por
bem
o

o
mantenha
vivo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Covil

Prometia q
ue
eu-a-dor

valerá sob pena
eis os mortos
não viverão
em
v
ã
o

no vão grunhem
forças
e deu-te terreno a mim
no-vão
em que te espreitam à morte
regem

e prometia: que a lei se cumpriu
porque poucos são os dias
da
rebelião.

(não, da tua-a-dor nascerão espíritos)

domingo, 2 de agosto de 2009

A mãe dos porcos

por que a mãe morre os
es
píritos de porcos
r
e
z
ammmmmmmm

há pergunta
de
se alimentar o alimento
e nele ungir cova
- (ardia também, coitada).

Neste universo
cujo
submundo em descida: eles que tanto cospem
hora ou outra
resolvem: não deixar partida

ou as patas camufladas em dia de chuva
ou os focinhos largos a espera da nova renascença
ou a língua congelada porque orar é uma penitência.