quarta-feira, 6 de abril de 2011

perpétuos


Perpétua é a guerra
ingênuos
que são
àqueles que nos perseguem
e os que se inocentam
fechando os olhos

nós
estamos aqui

e para que saibam:
há o tempo de descanso
e aquele em que se lê

há o tempo de ataque: e este que de sangue corre
(parece espirro, não?)

misturado
há suor

e lágrimas, legionários, não nos servem mais

este sangue que nos chama
este é o sangue que vos põe
e vida treme
e vida seca
em nós: nem amor ou ódio
somos o reino novo.

Sim, legionários, a guerra
mal
começou.

e ousas tremer meu corpo e meus dentes
na madrugada
ousas ainda me ver febril
eu que sou nós.

ousas me por em tal estado que de frágil
só o sono repousante: em que durmo tranquilo
e minha alma se une
e une a outra que a outra se ampara
e daí: a guerra cala.

- dai-nos de ti.

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