sexta-feira, 18 de junho de 2010

morremos

eis mais um dia que chega
e nascido mais um ano de vitória

o que é meu
é vosso
que me entreguei
osso a osso por cada espírito untado em mim cresço
e crescemos ao sinal: nunca tardio (porque não chegasmos tarde mas na hora exata do inimigo)

e ao meu redor
dois
e ao redor de dois
quatro
e sucessivamente como tu guerrearás contra nós?

como tu entrarás até mim?
como tu desafiarás o umbigo sem medo que fez deste enredo
uma guerra sem fim.

não há nada mais que na fantasia
esquecer o dia em que pronunciaram teu nome
nem um anjo na terra prometida
eu e nós nos despimos

vê, até o horizonte, um a um chegam vários
sobre o monte
não matei sem querer vosso nome
ele já não existia (mais).

e se morremos ontem
amanhã ou mais tardar nós renascemos:
em mim.

hail, a legião infinita que corre casa a casa ocupa
até sermos todos
um.

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