não não desesparais ainda
posto
que esperamos nós
estamos - pós-guerra é o azul vencedor do ouro
e o branco: parte-se dois lados que vibram
a nós unimos
não não desesperais agora
em tempos de vitória a espera é demorável
e devorava os olhos - os meus-nossos
igualmente as chagas todas doadas: a quem por ser plural
me afaga
e nos afogaremos na resur-reição
porque virão vários
e vários são os legionários
e vários são os príncipes
e vários vezes tantos que de mim tem o corpo
e parte do espírito: logo as sombras vistas no escuro
revelam-se na materialidade de um espirro: vou-me-nos
vou-me-nos até o fim da tarde
porque dormem e esperam
não não desesperai o claustro dos vazios
que nos ocupamos de nós: até a proliferação
antiga e próxima
a
cada
dia.
(já que estão-mos a
qui: surjam)